segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ócio

Depois de uma semana de cão interminável, sexta feira teve de terminar com uma ida a um pub para beber umas pints e esquecer que a semana tinha acontecido. Claro que o resultado foi pints, shots, música, gargalhadas e subway no fim da noite (e uma pequena constipação, também).

À conta da noite, que se revelou um sucesso, o sábado foi lazy lazy lazy. Mesmo tendo chegado a casa tarde, acordei cedo mas com vontade de dormir o dia todo. Ainda assim, consegui resistir a essa vontade e levantei-me da cama eram 4pm. O plano? Ir às compras, porque ainda com a semana de cão em mente achei que merecia um bocadinho de pampering. 
Duas horas e muitos provadores depois, cheguei à conclusão que se calhar nem vou ter onde guardar as coisas que comprei, mas já não ia voltar atrás. Et voilá: saias, calças, camisas, camisolões e casacos.


Já pela hora de jantar, a flatmate Diana convenceu-me a ir dar uma volta pelo Thames Path. As temperaturas subiram durante a semana, e a noite de sábado quase que estava ao nível de uma noite de primavera (sim, porque o verão aqui já foi embora há duas semanas).




Fomos até depois do estádio do Fulham, e voltámos para trás, passámos a Hammersmith Bridge, e fomos quase até Richmond, diria eu, mas devo estar a exagerar. No fim de contas, foram duas horas de caminhada onde se falou de trabalho, da semana que tinha acabado de passar, de perspectivas para um futuro melhor, de assuntos recorrentes que nos fazem rir. Ficámos aborrecidas por não termos levado carteira, porque a noite estava tão agradável que só nos apetecia ficar num pub à beira rio a beber pints e a dizer disparates.



Quando chegámos a casa é que percebi o cansada que estava, as dores começaram a tomar conta das pernas e pés, e tive de me retirar cedo. Ainda deu para skypar com o bebé Carias, para ele me contar os planos novos dele, os projectos, os sonhos e expectativas, para eu mostrar a minha roupa nova, e para matar saudades daquele que poderia, de facto, ser o meu irmão mais novo.

Estar assim tão cansada não fez nada, no entanto, pelas minhas insónias. Às 3am tive de me levantar para ir para a sala, porque já estava nervosa de estar na cama sem estar a dormir. Acho que estar adoentada ajudou a que a noite fosse um bocadinho horrível. É que eu raramente fico doente, mas depois quando fico parece que fico para morrer e tudo me faz mal.

Domingo também não houve grandes planos para o dia, apenas ver a OC, arrumar a roupa nova, uma ida ao supermercado para comprar gaspacho e almoço para a semana que se avizinhava, ver Don't Tell The Bride e X Factor, pintar as unhas e comer coisas gordurosas.

E começar a semana em modo breath in, breath out - tenho para mim que esta também não vai ser pêra doce.














quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Never enough

Cheguei a Portugal na segunda feira, já passava das 21, e à minha espera estavam os pais, que me receberam com abraços, beijinhos, lágrimas, e um jantar na Trempe, onde tinha jantado antes de vir para Londres em Fevereiro.
Deu para matar saudades de boa comida, de bom vinho, enquanto contava as peripécias da minha ainda curta estadia em terras de Sua  Majestade. 




Terça feira ainda antes de vir para Portalegre deu para passar na Torre 3 do Amoreiras para dar beijinhos, abracinhos e chorar um bocadinho com uma das gordas.



E depois, paragem por terras de Vendas Novas, para comer bifanas e começar a encher a barriga de coisas boas. 



Já em Portalegre, um bafo daqueles de que já tinha saudades, e beijinhos nas avós que estavam cheias de saudades de ver a mainova. 
Em casa, as malas nem foram completamente desfeitas, e uma delas foi inclusivamente para o lixo, porque a qualidade era tão boa, que durou apenas duas viagens internacionais. 

Portalegre está cada vez mais vazia, mas mesmo assim senti uma nostalgia enorme ao passar pelas ruas que outrora tinham vida, pelas chaminés que dantes deitavam fumo e enchiam a cidade do cheiro a cortiça, das esplanadas que foram em tempos ponto de encontro. 








A primeira semana foi passada entre boa companhia, boas conversas e risadas, Festival de Crato e piscina da serra para apanhar um pouco de vitamina D (bronze nem vê-lo) e recarregar baterias.

O Crato valeu pelas pessoas, e pelos encontros esperados e inesperados. Mas já nada daquilo é o que era, ou então continua na mesma, mas eu é que estou a ficar velha, porque aquilo era só crianças dos seus 14, 15 anos. Os concertos não foram nada de especial, mas as barraquinhas tinham coisas muito giras e ainda enfeirei umas coisas jeitosas.






O Domingo chegou muito depressa, e a altura da despedida das avós e dos pais não foi muito fácil. Os dias foram curtinhos, mas o descanso foi bom consegui ver a família, as amigas, os amigos, os vizinhos, os babies.

De chegada a Lisboa, um óptimo começo, com uma surpresa de aniversário a uma das gordas, e um dia bem passado e em boa companhia na praia. Almoços tardios, vitamina D e conversas demoradas fizeram o meu primeiro dia na capital.


Neste preciso momento já não consigo pôr de pé a minha semana, mas consigo aqui dizer que almocei e jantei fora todos os dias da semana. Entre ex-colegas de trabalho, ex-flatmates, amigas e amigos, devo ter engordado na boa mais um ou dois kilos (agora que penso nisto, devia e queria ter tirado fotos com toda a gente, e não o fiz, nem sei bem a razão).

Nos tempos livres, em que as pessoas estavam a trabalhar, deu para passear um pouco. Deu para matar saudades do E28 e das filas intermináveis causadas por carros mal estacionados, das ruas e ruelas com estendais, bandeiras e vistas para o Tejo, da calçada portuguesa e dos azulejos nas paredes, das escadinhas, dos turistas e do azul do céu mais azul de todo. Lisboa é feita de postais, e consegui trazer comigo alguns para ir matando saudades quando os dias custam mais a passar.


































Mesmo no final da semana, um atracção nova, a Hippotrip, um autocarro que nos leva pelas ruas de Lisboa com estórias e história para contar, e que depois entra pelo Tejo dentro e nos dá uma outra perspectiva da cidade. 



A mesmo tempo que duas semanas não são nada, que acho que precisava de pelo menos mais duas semanas para matar todas as saudades, fiquei com a sensação de que já estava em Portugal há imenso tempo, tal não foi a facilidade com que me habituei a estar lá novamente, à possibilidade de ver as minhas pessoas semana sim semana sim, e a facilidade com que achei que não queria regressar a Londres.

Agora é voltar à realidade, vestir a camisola, e esperar por novo regresso ao meu querido Portugal.