domingo, 21 de julho de 2013

Há pessoas fofinhas

Antes de passar ao sábado, não podia deixar de falar sobre a minha sexta feira. Tarde de encontros bons, emoções fortes, que me deixaram de lágrimas nos olhos e tudo. É estanho para mim ficar neste estado de fragilidade, mas é bom, ao mesmo tempo. O Fernando e a Alex vieram a Londres espairecer e ver um concerto, e aproveitaram para me dar um beijinho. Saí do trabalho e fui ter com eles a Trafalgar Square, e a partir daí foi o rock'n'roll. Novidades de lá, notícias de cá, pints, vinho, restaurante espanhol/marroquino, dança do ventre para mim e comigo, flamenco, mais vinho e tantas gargalhadas boas. É bom ter saudades, e melhor é matá-las.



Sábado chegou molengão, vi-me aflita para sair da cama, mas lá consegui. E fui ter com o Fernando e a Alex a Camden. Não consegui comer nada, mas fiz-lhes companhia no almoço de sushi. E depois de me despedir deles, dei uma voltinha pelo mercado de Camden enquanto a Sara se despachava para vir ter comigo. E já com ela, fomos andando até chegarmos ao Regents Park. Ainda passámos pelo zoo, e conseguimos ver suricatas e camelos. Ainda não fui ao zoo desde que cheguei, mas não posso adiar muito mais tempo, até porque o tempo é instável e quando der por mim já estamos no inverno novamente.


Ainda antes de arranjarmos um sítio para nós no parque, a Sara levou-me até Primrose Hill, um dos sítios com a melhor vista sobre toda a Londres e onde moram celebridades como o Gavin Rossdale e a Gwen, o Harry Styles e a Rita Ora. Não vi ninguém, no entanto. 


De volta ao Regents Park, mais um passeio até ao lago, e lá arranjámos um sítio para nós mesmo na margem. A Joana e o Hugo foram ter connosco passado um bocado. E depois de esquilos, aves esquisitas, pombos e patos, fomos andando até Oxford Circus, e aí parámos num pub para beber qualquer coisa. A sério, acho que não podia ter tido melhor "sorte" no que diz respeito às pessoas com quem acabei a trabalhar. Gosto muito. 




Já hoje, acordei cedo, mas não consegui sair da cama. Já passavam das 14 quando me consegui levantar, mas depois estava a dar uma maratona na TV de Don't Tell The Bride, e enfim... Deixei-me ali ficar a anhar até quase às 18. Entretanto a Joana perguntou se não queria ir ter com ela a Camden, mas ainda ia demorar mais de uma hora, e ainda tinha umas compras para fazer, e ela entretanto foi para casa.

Eu fiz o mesmo, e acabei o dia no jardim, com 22 graus às 20 horas, a pintar as unhas com cores de verão, a beber groselha fresquinha e a ouvir um concerto de Seu Jorge.

Podia bem habituar-me a esta vidinha.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

sa-weet!

Queria ter ido correr na quinta e na sexta, mas como cheguei a casa sempre muito cansada, não fui capaz, e deixei-me dormir antes das 22 nesses dois dias. Decidi então que ia correr sábado first thing in the morning. E assim foi. Levantei-me cedo, e antes das 9 já estava no Thames Path, que já estava cheio: runners, dog walkers, famílias inteirinhas a aproveitar os quase 20 graus que já se faziam sentir. Pensei que ia ser bom correr assim de manhã, mas confesso que me custou. É que como tenho a mania que não bebo água, ia ficando sentadinha numa entrada qualquer de uma casa qualquer a meio do caminho. Para a próxima já sei: garrafa de água e boné, para não queimar a mioleira.

Depois do banho e de comer qualquer coisa, foi altura para levar com todo um bafo que se fazia sentir quer no autocarro, quer no metro, mesmo com ACs.  Mesmo assim, houve condições para um passeio pelo Southbank, e uma ida ao Teatro Nacional para ver a exposição Press Photographers 2011-2012. Muito gira, e podem ver as fotos na net. 
E a loja do Teatro... Mais uma perdição. Mas desta vez saí de lá com mais um notebook muito lindo.








Anda houve uma tentativa falhada de ir a Notting Hill, mas havia demasiadas pessoas, demasiado bafo, e demasiada sede. O plano B foi: pubs, jardins secretos, cervejas e coca colas.


Depois de um bafo gigante no metro da Central Line, só pensava em chegar a casa e em dormir uma sesta. Daquelas que se dormem em pleno verão, no Alentejo, com todas as persianas baixas, para tentar afastar o calor ao máximo. E foi o que fiz assim que cheguei a casa.

Com a tentativa falhada de sábado, a ida a Notting Hill ficou para domingo de manhã. O dia chegou mais fresco que o anterior, com menos humidade, por isso todo o caminho se suportou melhor. Vestidos, chapéus, sapatos, brinquedos, t-shirts, malas, óculos de sol... Sou moça de gostos simples, qualquer coisinha de £5 me servia na perfeição. Portobello Road é de sonho, e não consigo afastar do meu pensamento que um dia gostaria de viver ali.



Como não havia mercado de comida, o almoço foi num restaurante italiano muito catita e com pizzas muito boas. Mais um sítio a fixar. E para desmoer, uma caminhada até à Lisboa Patisserie e à Lisboa Delicatessen (que de patisserie e de delicatessen tinham muito pouco, ou mesmo nada). Não houve compras, mas é sempre bom saber que há mais opções de supermercados portugueses em Londres.




No regresso a Notting Hill Gate, uma paragem no Recipease do Jamie Oliver. Um espaço grande, muito bem aproveitado, onde não só se compra pão, mas também os mais variados produtos que o Jamie usa nas suas receitas, além de refeições já feitas e prontas a meter o forno. Além de loja, o espaço oferece também aulas de cozinha a quem quiser aprender os truques do Jamie, e na parte superior há um café. Muito giro.


Acabadinha de chegar a casa, a Joana perguntou-me se não queria ir ter com ela, com a Sara e o namorado ao Hyde Park, que a Gláu e o Hugo também iam lá ter. Mas eu tinha acabado de chegar, e estava mais que pronta para dormir no sofá. Gosto de pensar que não estou velha, nem que sou careta, mas que sou antes caseira. É um nome mais bonito para uma trintona que teima em não sair de casa.

Até para a semana, fim de semana! 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

BBQ weekend

As previsões para o fim de semana eram animadoras em termos de temperatura e de nuvens no céu, então decidi que estava na altura de convidar os colegas a virem cá a casa, para podermos todos desfrutar do jardim. 
Convidei as pessoas, mas depois tinha sempre tanta informação na cabeça que já pouco mais falei no assunto, e elas até pensaram que já não ia haver nada. Não, meus meninos! Há sim!, disse eu.

Sexta feira saí do trabalho e fui começar a comprar coisas: frango, hamburgueres, salsichas, chips and dips, vinho, cerveja (sagres e super bock!), sumos. Na sexta feira fui às compras 3 vezes, e voltei sempre para casa carregadíssima, e a pensar que me faltava qualquer coisa (nem dormi muito bem nessa noite a pensar que o que tinha comprado era pouco). E ao chegar a casa, uma surpresa boa: o barbecue estava limpo e preparado para o sábado, havia legumes preparados e coronas no frigorífico a refrescar. Há pessoas muito fofinhas!



Sábado de manhã chegou, acordei cedo e fui correr. O Thames Path já tinha muitas pessoas a fazer o mesmo que eu, e a aproveitarem o dia lindo que já estava a aparecer.
Depois do banho fui novamente às compras, e mais uma vez cheguei a casa carregada e a pensar que faltavam coisas. E faltavam. Porque faltam sempre. Mais uma volta ao supermercado. 
Já em casa, comecei a preparar tudo: taças e tacinhas com dips, espetadas com e sem legumes, cortei legumes para grelhar,  temperei tudo e coloquei em travessas. 




E rapidamente chegaram as duas e meia, hora a que tinha combinado ir buscar as pessoas a Hammersmith. E foi essa a hora escolhida para o meu telemóvel ficar sem bateria. Espectacular. Desci e subi as escadas rolantes, andei para a frente, para trás, desci e subi, e nada. Ninguém, e eu sem conseguir falar com ninguém, sem saber se alguém já tinha chegado. Claro que, na minha cabeça, as pessoas já tinham estado lá, já tinham andado à minha procura, não tinham conseguido falar comigo, e já se tinham ido embora. Agarrei em mim e voltei para casa porque, verdade seja dita, estar ali sem telemóvel não me servia de grande coisa.
Já em casa lá consegui ligar o telemóvel, e percebi então que estava toda a gente atrasada. Suspirei de alívio, mas confesso que demorei um bocadinho (grande) a ultrapassar o stress em que fiquei. 
E as pessoas começaram a aparecer. Claro que os flatmates também foram convidados, e rapidamente o jardim ficou cheio. 


O BBQ ficou a cargo de dois dos flatmates até chegarem os brasileiros da picanha e da maminha, e eu continuei nas compras. Sim, mais compras. Cerveja, gelo, limas, cachaça. A tarde foi toda passada entre bebida, fumo, comida, gargalhadas e música brasileira da boa.
No fim de tudo, posso dizer que correu tudo bem, e que toda a gente ficou satisfeita. 




Claro que no domingo primeiro que me levantasse... Custou. Custou mesmo muito. E lá para as 4 da tarde decidi que tinha mesmo de ser. Banho, comer qualquer coisa, e sair de casa para ir com as meninas e meninos para irmos comer caracóis. Autocarro, muito trânsito, muita indisposição, muita fome e muito metro depois, chegámos à Toca. Mini doses de caracóis (pfff!) que demoraram mais de 20 minutos a chegar, azeitonas, pão com manteiga, um bitoque tenrinho e o splash das celebridades na televisão (btw... Qué aquiloo?).

Posso dizer que foi, portanto, um fim de semana em cheio. Venham mais!