quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Never enough

Cheguei a Portugal na segunda feira, já passava das 21, e à minha espera estavam os pais, que me receberam com abraços, beijinhos, lágrimas, e um jantar na Trempe, onde tinha jantado antes de vir para Londres em Fevereiro.
Deu para matar saudades de boa comida, de bom vinho, enquanto contava as peripécias da minha ainda curta estadia em terras de Sua  Majestade. 




Terça feira ainda antes de vir para Portalegre deu para passar na Torre 3 do Amoreiras para dar beijinhos, abracinhos e chorar um bocadinho com uma das gordas.



E depois, paragem por terras de Vendas Novas, para comer bifanas e começar a encher a barriga de coisas boas. 



Já em Portalegre, um bafo daqueles de que já tinha saudades, e beijinhos nas avós que estavam cheias de saudades de ver a mainova. 
Em casa, as malas nem foram completamente desfeitas, e uma delas foi inclusivamente para o lixo, porque a qualidade era tão boa, que durou apenas duas viagens internacionais. 

Portalegre está cada vez mais vazia, mas mesmo assim senti uma nostalgia enorme ao passar pelas ruas que outrora tinham vida, pelas chaminés que dantes deitavam fumo e enchiam a cidade do cheiro a cortiça, das esplanadas que foram em tempos ponto de encontro. 








A primeira semana foi passada entre boa companhia, boas conversas e risadas, Festival de Crato e piscina da serra para apanhar um pouco de vitamina D (bronze nem vê-lo) e recarregar baterias.

O Crato valeu pelas pessoas, e pelos encontros esperados e inesperados. Mas já nada daquilo é o que era, ou então continua na mesma, mas eu é que estou a ficar velha, porque aquilo era só crianças dos seus 14, 15 anos. Os concertos não foram nada de especial, mas as barraquinhas tinham coisas muito giras e ainda enfeirei umas coisas jeitosas.






O Domingo chegou muito depressa, e a altura da despedida das avós e dos pais não foi muito fácil. Os dias foram curtinhos, mas o descanso foi bom consegui ver a família, as amigas, os amigos, os vizinhos, os babies.

De chegada a Lisboa, um óptimo começo, com uma surpresa de aniversário a uma das gordas, e um dia bem passado e em boa companhia na praia. Almoços tardios, vitamina D e conversas demoradas fizeram o meu primeiro dia na capital.


Neste preciso momento já não consigo pôr de pé a minha semana, mas consigo aqui dizer que almocei e jantei fora todos os dias da semana. Entre ex-colegas de trabalho, ex-flatmates, amigas e amigos, devo ter engordado na boa mais um ou dois kilos (agora que penso nisto, devia e queria ter tirado fotos com toda a gente, e não o fiz, nem sei bem a razão).

Nos tempos livres, em que as pessoas estavam a trabalhar, deu para passear um pouco. Deu para matar saudades do E28 e das filas intermináveis causadas por carros mal estacionados, das ruas e ruelas com estendais, bandeiras e vistas para o Tejo, da calçada portuguesa e dos azulejos nas paredes, das escadinhas, dos turistas e do azul do céu mais azul de todo. Lisboa é feita de postais, e consegui trazer comigo alguns para ir matando saudades quando os dias custam mais a passar.


































Mesmo no final da semana, um atracção nova, a Hippotrip, um autocarro que nos leva pelas ruas de Lisboa com estórias e história para contar, e que depois entra pelo Tejo dentro e nos dá uma outra perspectiva da cidade. 



A mesmo tempo que duas semanas não são nada, que acho que precisava de pelo menos mais duas semanas para matar todas as saudades, fiquei com a sensação de que já estava em Portugal há imenso tempo, tal não foi a facilidade com que me habituei a estar lá novamente, à possibilidade de ver as minhas pessoas semana sim semana sim, e a facilidade com que achei que não queria regressar a Londres.

Agora é voltar à realidade, vestir a camisola, e esperar por novo regresso ao meu querido Portugal.


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