domingo, 30 de junho de 2013

Mais saudades

Este fim de semana foi de saudades.

Já tinha ouvido falar de supermercados portugueses, com coisas maravilhosas que trazem casa até nós, mas ainda não tinha ido a nenhum. Até este fim de semana. Sei que há alguns espalhados pela cidade, mas a escolha recaiu sobre Camden. Piccadilly line até Leicester Square, e depois Northern line até Camden, onde as ruas já estavam mais que cheias, não só de turistas, mas de entertainers a fazerem pela vida. Já em direcção a Mornington Crescent, o primeiro português. Pequenino, típica mercearia de bairro. Algum pão, alguns enchidos, sumos da compal,  algumas bolachas, e 3 ou 4 nova gentes já antigas, para as pessoas se irem mantendo informadas acerca do que acontece com os famosos portugueses. Provei um rissol de camarão para ver se me agradava, e estive quase para comprar uma bola de berlim, mas só havia com jam ou com creme. Nah... Assim não dá. 

Investida noutro, o Lisboa, mais à frente e do outro lado da estrada, também ele pequenino em estilo mercearia, mas com mais variedade. Bolachas, azeites, vinhos, salsichas, atuns enlatados, cerelac e nestuns, e uma arca frigorífica com baldes de caracóis, rissois de carne e camarão, e peixe. Foi um pequeno sonho, e de lá vieram para casa os seguintes artigos: papo-secos, cerelac, presunto, salsichas nobre e uma embalagem de rissois de camarão.



À saída do Lisboa, um restautante português, O Tino. Eram quase 4 da tarde, mas mesmo assim ainda serviam almoços. Matei saudades de azeitonas, e pão com manteiga de entrada, de sardinhas e de bitoque. Para complementar isto, nada melhor que o Nel Monteiro num daqueles programas da tarde. Se acreditasse em felicidade podia dizer ali que estava feliz.



Hoje, como ia estar bom tempo novamente, foi dia de ir apanhar sol ao Green Park. Mochila com fruta, batido de fruta, pão, omelete, e uma manta para a relva. Consegui calçar sandálias pela primeira vez este ano e fiquei muito contente.




Mas como pela hora de almoço o sol estava muito forte, casa foi o destino que se seguiu. Ainda dormi ali uma meia hora de sesta antes de pensar se iria matar saudades de comer caracóis a um português em Stockwell ou não. Caracóis, ou Crabtree, ou bbq... Acabei por não fazer nada. E é nestas alturas que tenho saudades de Portugal, e de estar com pessoas. As minhas pessoas. Saudades de ir nem que seja meia hora ao jardim da estrela, saudades de ir a casa do bebé beber um copo, de beber um café com alguém, saudades de comer umas sardinhas nos bailes do atalaião, com a família e toda a vizinhança junta, saudades das noites de esplanada na praça da república. 

Enfim, saudades.















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